Objetivo: Diversidade e Inclusão

Ultimamente, não paramos de ler e ouvir falar sobre diversidade em todos os lugares. No âmbito corporativo, em especial, parece haver um “boom” de projetos, certificações, cursos e pesquisas sobre Diversidade e Inclusão.

A diversidade está em alta, dizem alguns. Mas não só, essas políticas vieram para ficar e fazem parte de uma transformação que outras áreas da sociedade já vivenciaram, como a escola, por exemplo. Há muito que fazer e aprender em termos de diversidade e inclusão dentro e fora das empresas e fico feliz em pensar que isso está na mesa dos Comités de Gestão de grandes empresas.

Ser autêntico, essencial para conseguir uma equipa coesa e criativa

Depois de muitos anos a associar projetos de diversidade e inclusão com departamentos de responsabilidade social corporativa (RSC), estamos diante de uma mudança de mentalidade onde a diversidade passa a ser um diferencial competitivo que passa a fazer parte da cultura corporativa, da Employer Value Proposition (EVP), incluindo objetivos estratégicos de desempenho, com impacto positivo nos resultados.

As corporações não querem “pessoas pela metade”, o objetivo é criar um ambiente inclusivo e liderança que encoraje ativamente a autenticidade. Parece básico, mas não é. As mais diversas empresas admitem que todos temos preconceitos e estereótipos e que a chave é trabalhar para os ultrapassar.

Alcançar exige trabalho, desde políticas de seleção, planos de desenvolvimento, sucessão, formação, voluntariado, ações de consciencialização, etc. Recursos Humanos não para a máquina, pois a esse cocktail de ideias e projetos soma-se o desafio do trabalho remoto ou híbrido, onde conhecer pessoas e gerar esse clima de confiança é complicado.

E, nesse contexto, a tecnologia tem um papel muito relevante.

Dados, experiência e tecnologia para pessoas

Tanto quando falamos em seleção, como quando falamos em projetos como um mapa de talentos ou um plano de sucessão, falamos em conhecer pessoas, ter dados delas e usar esses dados para a tomada de decisões.

Ter a maior quantidade de informações, e que esses dados são objetivos e homogéneos para poder compará-los entre si, até recentemente era delicado, trabalhoso e às vezes inacessível.

Hoje isso é possível graças à tecnologia. Utilizar as ferramentas adequadas de recolha e avaliação de informação e dispor de plataformas que permitem uma exploração eficiente desta informação tem significado um grande salto evolutivo para as grandes empresas.

Trabalhar na diversidade de dados pode permitir que:

  • Compreenda as necessidades de diversidade da sua empresa e alinhe a estratégia de D&I com ela.
  • Direcione a proposta de formação com base em dados.
  • Conheça melhor os seus colaboradores.
  • Tenha em consideração os seus conhecimentos, capacidades e desempenho, bem como os seus interesses, preferências e motivações.
  • Identifique o futuro potencial.
  • Identifique as pessoas-chave para cada projeto.
  • Promova a flexibilidade e mobilidade das pessoas nos projetos.

A força de trabalho do futuro

As necessidades das empresas, e também dos colaboradores, estão em constante mudança. Se a força de trabalho está a evoluir, a estratégia de talento também deve refletir as necessidades de uma força de trabalho mais diversificada.

Devemos todos refletir sobre porque precisamos de equipas diversificadas e entender o que a diversidade traz para os nossos negócios.

Num momento em que processos de transformação, automação e uso de inteligência artificial avançam em ritmo acelerado em diversos setores, as áreas de Pessoas precisam de ferramentas ágeis para conhecer o seu talento interno, estar atualizado sobre a sua evolução e antecipar necessidades futuras. Incluir nesses processos a mentalidade inclusiva e capacidades como flexibilidade, adaptabilidade e aprendizagem contínua, serão, sem dúvida, facilitadores dessa transformação.