Os gigantes de social media entram no mercado de recrutamento
As mais recentes notícias dizem-nos que tanto a X (antigo Twitter) como a Google pretendem entrar em força no mercado de recrutamento.
Qual será o impacto nas estratégias de Recruitment Marketing das empresas nacionais?
Ao contrário de tantos outros mercado, o Indeed+Glassdoor não conseguiu (ainda) penetrar nos mercados europeus, apesar de deter as primeiras posições nas pesquisas nos principais portais. Empresas que valorizem o papel do SEO e do SEM nas suas estratégias de atratividade deveriam correr para a plataforma, mas os dados mostram que tal não está a suceder. Partilhem nos comentários a vossa opinião sobre o motivo porque tal não acontece.
A confiança dos anunciantes portugueses na Google como plataforma para o lançamento de campanhas é elevada. A Google tem cerca de 30% de quota de mercado, seguida à distância pela Meta. Mencionar que o Twitter, agora X, tem um nível de investimento publicitário muito inferior a estas duas plataformas na atualidade.
Com o incremento da capacitação digital dos profissionais da área de Recrutamento, é apenas normal que se veja esta movimentação por parte das principais empresas digitais, sendo que o LinkedIn, decorrente do seu posicionamento diferenciado, é tido como um canal de excelência para o lançamento de campanhas de Recruitment Marketing, mesmo tendo um CPC (Cost per Click) muito superior às restantes plataformas.
Fatores que poderão impactar a evolução desta área de negócio
1. Capacidade de Segmentação – Com as restrições impostas pelas diretivas comunitárias na salvaguarda da diversidade, poderá não ser possível segmentar os targets por idade ou género (por exemplo), como já sucede hoje nas campanhas de Meta para a área de recrutamento. Este é um fator determinante, pois o custo sem retorno pode tornar-se no fator de decisão no momento de escolher o canal.
2. Inflexibilidade – Canais como o Indeed valorizam a receção de candidaturas na sua plataforma, algo que colide com os interesses da maioria das empresas que dispõem de Applycation Tracking Systems (ATS) próprios para fazer a gestão do processo de recrutamento.
3. Comportamento dos Candidatos – No final de contas, o que importa é onde é que os candidatos se encontram e quais os seus comportamentos na procura de emprego. A “morte” do jornal como meio de divulgação das oportunidades de emprego abriu a porta aos job boards (portais de emprego) que hoje em dia competem diretamente com o LinkedIn e com o Google. Trata-se de uma batalha que é gerida pelo binómio Custo-Retorno, sendo que uma das principais mudanças com a emergência de áreas como o Employer Branding foi que o retorno é hoje medido pelo número de candidatos adequados e não pelo número total de candidatos.
Como será o Futuro do Recrutamento
Ninguém poderá responder com certeza a esta questão, mas o que hoje já sabemos é que existe uma aproximação crescente entre as estratégias de atratividades comerciais e de recrutamento, pelo que faz todo o sentido que os canais que tradicionalmente eram usados pelo Marketing para fazer campanhas comerciais, possam agora ser usados para fazer campanhas de Recrutamento.
Partilhamos um vídeo com uma reflexão sobre o assunto:
Artigo redigido por Miguel Luís, promotor da Comunidade Employer Branding Portugal e Marketing and Employer Branding na The Key Talent.
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