Os desafios do talento no século XXI: O contexto que influencia a criação de novas estratégias.
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Neste mundo em mudança, em que o nível de procura é cada vez mais elevado enquanto o alcance das atenções se torna cada vez mais curto, os gestores de pessoas não são estranhos aos desafios envolvidos (não só de inovação) mas de se manterem à tona no presente da nossa realidade distópica.
Enfrentando uma transformação digital cada vez mais estabelecida, ainda estão a recuperar de uma pandemia devastadora como a COVID-19 e começam a entender que a análise de dados não é o futuro, mas sim o presente. É assim que a maioria das empresas se encontra. Tudo isto, enquanto navegam na criação de estratégias para pessoas de diferentes gerações que, à primeira vista, nunca pareciam tão díspares (sem se tornar assim).
Em relação às políticas de talento, os 10 elementos-chave em que devemos agir são:
- Promover a justiça e a equidade nos novos modelos de trabalho híbrido, garantindo que as mesmas políticas que aplicamos aos trabalhadores presenciais se aplicam aos trabalhadores remotos.
- A redução do horário de trabalho e a flexibilidade dos métodos de trabalho, juntamente com o pagamento da remuneração através de mais tempo de lazer, estão a acelerar este movimento que exige um dia de trabalho mais curto.
- Aumento da rotação devido ao desprendimento gerado por tipos de trabalho híbridos ou remotos, sem a proximidade e o calor das relações diárias entre colegas de trabalho, pelo que devemos estabelecer acções concretas que procurem criar laços.
- Redução das tarefas de gestão, devido à crescente desconexão entre gerente e colaborador, as tarefas do gestor são reduzidas exponencialmente. É necessário melhorar a relação entre eles, bem como a necessidade de lançar iniciativas de auto-desenvolvimento.
- Necessidade de tarefas remotas para avaliar. Como medimos o sucesso ou o fracasso dos nossos colaboradores se já não os temos à nossa frente? Atualmente não podemos confiar na observação diária ou proximidade das nossas relações pessoais ao avaliar.
- A gestão remota desta força de trabalho híbrida, sendo uma tarefa entre as muitas necessárias, a mais importante será: garantir as mesmas possibilidades aos profissionais presenciais e aos profissionais remotos.
- Mentalidade em torno da melhoria do wellbeing, a necessidade crescente de medir em tempo real o nível de satisfação e de compreender (e no futuro prever) as decisões dos profissionais.
- A partilha do propósito da organização deve ser fundamental para qualquer colaborador, mas temos de dar especial ênfase aos profissionais que saibam, compreendam e empatizem com os objetivos e projetos da empresa. Temos de lhes dar um propósito para os ligar e envolvê-los no dia-a-dia, especialmente quando temos em conta a mentalidade das novas gerações Z e millennials.
- Além do wellbeing como medida de satisfação em termos do sentimento do colaborador em relação à empresa, esta deve tentar melhorar e apoiar a saúde do profissional em termos do nível de estilo de vida sedentário ou de saúde mental.
- Definição de um novo perfil de gestor que se desenvolve fluentemente numa área tecnológica e que sabe gerir um modelo de trabalho híbrido, desenvolvendo formação específica para fornecer estas ferramentas aos gestores já existentes na nossa empresa e acompanhá-los no contexto da transformação digital.