O que está por detrás de uma campanha de 80.000 cliques na sua oportunidade?

O espectro do Employer Branding tem a capacidade de alcançar todas as áreas de recursos humanos, possibilitando-nos uma visão abrangente de todo o ciclo de talento e ajudando-nos na transmissão da proposta de valor do empregador (EVP) a um nível externo e interno.

Dentro desse ecossistema, um responsável de Employer Branding tem muitos cartas para baralhar e muitas áreas às quais nutrir e garantir serviço. Na luta pelo talento, o equilíbrio entre a definição de uma EVP robusta e atrativa, bem segmentada ao seu talento críticovai bem mais além de um mero job description ou landing page.

No nosso último webinar com a EDP, numa campanha de atração multinacional com cerca de 10.000 candidatos inscritos, cruzámos muitos números e gerimos o nosso trabalho de modo a garantir que conseguíamos atingir o talento que a empresa precisava em mais de 20 países. 

O verdadeiro valor de uma campanha como esta, não está no orçamento investido, no número de cliques ou na linha criativa usada nos anúncios, mas sim em todo o trabalho prévio efetuado na definição da persona do candidato e em como construir uma narrativa que seja realmente capaz de gerar engagement . Como Seth Godin disse na sua época, “não procure clientes para o seu produto. Procure produtos para os seus clientes”No mundo dos Recursos Humanos encontramo-nos muitas vezes com a missão impossível de vender “trabalha comigo”: produto este que já está em grande parte definido por hábitos, ambiente e cultura da nossa empresa.

Neste ecossistema, a definição da nossa persona do candidato, qual exercício de empatia e pesquisa de mercado, deve definir o rumo para as próximas etapas de nosso funilDevemos remover todos os obstáculos e abordar a segmentação como um processo “quase” clínico.

Na The Key Talent abordamos esta definição como o fio condutor que marcará o resto da nossa relação com um parceiro, explorámos desde o LinkedIn ao Spotify e embora cada rede nos ensine algo diferente, a segmentação e workshop de empatia para criar ou definir a proposta de valor não muda. Aqui deixamos a nossa receita. Adapte-a e torne-a sua.

1. Características demográficas 
Aqui pensamos no nosso candidato ideal, a partir das características que o tornam único, como “os seus hobbies e interesses “.
 
  • É um SocializerThinker? Achiever?
  • Como passa o seu tempo livre?
  • Que desafios o motivam? Como atua na empresa?
  • Quais as alavancas que geralmente o motivam? (desafio, trabalho em equipa, aprendizagem, tecnologia de ponta?).
2. Comunicação
  • Quais são as suas fontes de conteúdo? O que lê?
  • Que informação consome? e onde?
  • Exemplos (grupos LinkedIn, grupos de ex-alunos, influenciadores no Youtube, imprensa etc …).
3. Objetivos
  • Que desafios o motivam no seu contexto profissional e pessoal?
  • Cada candidato tem um “core driver “, quepode ser status, aprendizagem, dinheiro, etc. Identifique o do seu grupo o mais rápido possível.
  • Exemplo (aprender, best practice, visibilidade etc.).
4. Journey
  • Como é que o seu candidato irá interagir com o seu conteúdo? ¿Quais os canais responsáveis ​​por estabelecer conexão com este grupo (muito cuidado com canais não orgânicos, como portais).
  • Referências?
  • Página de emprego?
  • Conta do Instagram? LinkedIn? twitter etc.?
  • Conteúdo de blog ou employee advocacy.

 

É aí que entra a outra grande chave de uma campanha de atratividade de talento: a abordagem criativa da proposta. Mas isso será analisado num próximo post.

5. Desafios e obstáculos
  • Que desafios pode ter este grupo na sua empresa?
  • Concentrando-nos nas suas motivações, como gerimos as suas expectativas?
6. Objeções e dúvidas
  • Que feedback obtém dos/as candidatos/as que rejeitam uma oferta? (está a medir o feedback com um NPS?
  • O candidato tem alguma crença que o limite?